Por Gazeta web
Foto: Divulgação/Adufal |
Está encerrada a greve dos professores
da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A decisão foi tomada, no início da
tarde desta quarta-feira (12), durante assembleia geral da categoria, realizada
no auditorio da Reitoria da instituição, no campus A. C. Simões. As aulas não
serão retomadas de imediato, já que se votou a condição para que os trabalhos
voltassem com uma solução para o campus de Arapiraca, que fica ao lado do
presídio.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Ailton Falcão, divulgou que foram 104 votos pela suspensão da paralisação, iniciada em 7 de maio, e 68 votos favoráveis pela continuidade do movimento. Os docentes também votaram o retorno às aulas para segunda, mas a maioria optou pela definição de Arapiraca.
Uma reunião será feita nesta tarde com diretores daquele campus para negociar uma audiência com o reitor Eurico Lôbo e discutirem uma solução para o impasse. “Queremos que a reitoria alugue salas para que as aulas sejam retomadas. Não voltaremos para o campus Arapiraca de forma alguma”, comentou Ailton Falcão.
Em entrevista, mais cedo, à Gazetaweb, o diretor relatou que a principal reivindicação - que trata da implantação de um Plano de Carreiras que permita aos professores uma progressão considerada justa - não foi atendida pelo governo federal.
Os professores cobravam a incorporação ao vencimento básico da Gratificação de Estímulo ao Magistério Superior, 4% de reajuste salarial e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras. Essa pauta está sendo reivindicada pela categoria em todas as instituições de ensino superior do Brasil.
A greve já durava 118 dias e evidencia ainda outro impasse: qual a entidade que, de fato, representa a categoria. “Acontece que a presidente assinou um acordo com um sindicato que não representa sequer 10% dos docentes das federais do País”, destacou Ailton Falcão, referindo-se ao Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
Orientados por outro órgão, o Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (ANDES), os professores, em sua maioria, haviam decidido dar continuidade à paralisação, mesmo após a formalização do dito acordo que pôs fim à greve em apenas sete instituições federais. Entretanto, segundo Falcão, a longevidade da mobilização e a ausência de avanço nas discussões com o governo fizeram com que o próprio Andes enviasse um comunicado, externando ‘certa fragilidade’ do movimento.
Reorganização política e luta no congresso
Para o professor Ailton Falcão, há reorganização da categoria. “O maior ganho na greve foi o ganho político, porque a categoria conseguiu se reorganizar, após os governos Lula e FHC terem destruído os movimentos sindicais. No entanto, não houve nenhum ganho financeiro”, afirmou.
A alternativa, caso o fim da greve se confirme, é pressionar os deputados federais para a aprovação do Projeto de Lei 4368, de 2012, que dispõe sobre o reajuste salarial e estabelece novas regras para ingresso e desenvolvimento de carreira. “Teremos de aguardar o fim das eleições municipais, porque agora o Congresso está esvaziado”, pontuou.
Calendário do ano letivo
As discussões sobre o fim da greve também enveredam para uma reorganização do calendário letivo. De acordo com o professor, a volta aos trabalhos deve vir acompanhada de uma recomposição de aulas, apesar de ainda não haver previsão para se normalizar o calendário.
“Surgiu a proposta da perda do semestre, mas acredito que essa ideia não vai passar porque não queremos prejudicar o aluno. Cronologicamente haverá a perda de semestre, sim, porque quem ia se formar em julho agora deverá concluir o curso somente em janeiro ou fevereiro”, explicou Falcão.
“Por isso, acreditamos que o calendário só será normalizado em 2013 ou em 2014. Até lá, os cursos deverão seguir em ritmo 'meio atrapalhado'", emendou o sindicalista, destacando que, em resposta à promessa de repor às aulas, não houve corte nos salários dos professores.
O vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Ailton Falcão, divulgou que foram 104 votos pela suspensão da paralisação, iniciada em 7 de maio, e 68 votos favoráveis pela continuidade do movimento. Os docentes também votaram o retorno às aulas para segunda, mas a maioria optou pela definição de Arapiraca.
Uma reunião será feita nesta tarde com diretores daquele campus para negociar uma audiência com o reitor Eurico Lôbo e discutirem uma solução para o impasse. “Queremos que a reitoria alugue salas para que as aulas sejam retomadas. Não voltaremos para o campus Arapiraca de forma alguma”, comentou Ailton Falcão.
Em entrevista, mais cedo, à Gazetaweb, o diretor relatou que a principal reivindicação - que trata da implantação de um Plano de Carreiras que permita aos professores uma progressão considerada justa - não foi atendida pelo governo federal.
Os professores cobravam a incorporação ao vencimento básico da Gratificação de Estímulo ao Magistério Superior, 4% de reajuste salarial e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras. Essa pauta está sendo reivindicada pela categoria em todas as instituições de ensino superior do Brasil.
A greve já durava 118 dias e evidencia ainda outro impasse: qual a entidade que, de fato, representa a categoria. “Acontece que a presidente assinou um acordo com um sindicato que não representa sequer 10% dos docentes das federais do País”, destacou Ailton Falcão, referindo-se ao Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
Orientados por outro órgão, o Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (ANDES), os professores, em sua maioria, haviam decidido dar continuidade à paralisação, mesmo após a formalização do dito acordo que pôs fim à greve em apenas sete instituições federais. Entretanto, segundo Falcão, a longevidade da mobilização e a ausência de avanço nas discussões com o governo fizeram com que o próprio Andes enviasse um comunicado, externando ‘certa fragilidade’ do movimento.
Reorganização política e luta no congresso
Para o professor Ailton Falcão, há reorganização da categoria. “O maior ganho na greve foi o ganho político, porque a categoria conseguiu se reorganizar, após os governos Lula e FHC terem destruído os movimentos sindicais. No entanto, não houve nenhum ganho financeiro”, afirmou.
A alternativa, caso o fim da greve se confirme, é pressionar os deputados federais para a aprovação do Projeto de Lei 4368, de 2012, que dispõe sobre o reajuste salarial e estabelece novas regras para ingresso e desenvolvimento de carreira. “Teremos de aguardar o fim das eleições municipais, porque agora o Congresso está esvaziado”, pontuou.
Calendário do ano letivo
As discussões sobre o fim da greve também enveredam para uma reorganização do calendário letivo. De acordo com o professor, a volta aos trabalhos deve vir acompanhada de uma recomposição de aulas, apesar de ainda não haver previsão para se normalizar o calendário.
“Surgiu a proposta da perda do semestre, mas acredito que essa ideia não vai passar porque não queremos prejudicar o aluno. Cronologicamente haverá a perda de semestre, sim, porque quem ia se formar em julho agora deverá concluir o curso somente em janeiro ou fevereiro”, explicou Falcão.
“Por isso, acreditamos que o calendário só será normalizado em 2013 ou em 2014. Até lá, os cursos deverão seguir em ritmo 'meio atrapalhado'", emendou o sindicalista, destacando que, em resposta à promessa de repor às aulas, não houve corte nos salários dos professores.
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